Vínculos: Como nos Movimentam – Parte 3

Como um psicopedagogo pode contribuir para a construção de vínculos saudáveis e eficientes na educação.

 

Nota: Este artigo está dividido em 3 partes, para acessá-las clique nos links: Parte 1, Parte 2.

 

Os psicopedagogos e neuropsicopedagogos são profissionais da educação especializados em solucionar problemas de aprendizagem mais complexos e em alguns destes casos é necessário uma equipe multiprofissional para efetivar um bom trabalho.

A peça chave para um bom trabalho psicopedagógico é a observação clínica, o estudo de caso e a tomada de atitude orientada por esta pesquisa centrada no cliente. Veja mais sobre este assunto nos links: https://www.youtube.com/watch?v=uuqPHsdVij4 https://raquelleonor.com/sobre-meu-trabalho/

A pesquisa sobre quais os vínculos se tem com a aprendizagem são realizados em quase todos os processos de avaliações psicopedagógicas. A importância de se ter claro quais são as dificuldades e facilidades na relação de ensino aprendizagem é fundamental para a orientação da ação pedagógica perante o perfil do cliente.

“Partindo da compreensão das relações humanas pautadas em vinculações, como propõe Pichon-Rivière e no contágio afetivo como posto por Wallon, é possível observar que a afetividade é a força-motriz que impulsiona o desenvolvimento humano e a aprendizagem, sendo o paradigma e o arcabouço da aprendizagem e do desenvolvimento relacional, pautada na inter-relação social para esta construção. Compreender o Par Educativo é uma forma de instrumentalizar o pensamento para fomentar a práxis educativa e a formação profissional diferenciada, enaltecendo a participação da subjetividade das relações no processo de ensino aprendizagem, não dissociando isto do pensamento ou da estruturação efetivamente cognitiva”. (Vínculo – Revista do NESME, 2016, p. 54)

O vínculo com o aprender é também passivo de alterações ao longo da vida. Seu cuidado não está restrito à infância. Adultos e idosos com problemas na aprendizagem também podem se beneficiar com o trabalho psicopedagógico. Com as avalições podemos criar caminhos criativos mais eficientes para restabelecer vínculos saudáveis com o processo de ensino aprendizagem.

“Neste processo de estabelecimento de vínculos, o ser humano estabelece parcerias através do contágio afetivo, logo esta aprendizagem se organiza subjetivamente em relações dialéticas mútuas através da significação e da ressignificação das relações, trocas e práticas, em que estes parceiros vinculares podem ser chamados de Pares Educativos”. (Vínculo – Revista do NESME, 2016, p. 53)

No caso das crianças com dificuldades educacionais, o quanto antes elas puderem ser acolhidas com uma nova relação com a aprendizagem é melhor, pois a qualidade do vínculo vai se aprofundando e as consequências negativas diminuem.

Temos casos onde a própria pessoa encontra um caminho próprio de se relacionar com a educação resolvendo seus problemas. Existem também casos que a má relação com a aprendizagem é carregada ao longo da vida da pessoa e a cada contato com o aprender se reforça o vínculo patológico com a educação. Neste segundo caso é aconselhável a procura de ajuda profissional.

Não tem idade certa para começar uma nova relação com a aprendizagem. O caminho para a busca destes novos vínculos deve ser um processo individual e contínuo. Por isso a necessidade de um especialista clínico educacional como psicopedagogos ou neuropsicopedagogos que possuem a formação necessária para desenvolver o estudo de caso e o acompanhamento da nova ação vincular adequada para cada cliente.

 

Confira mais sobre formas de abordagem da psicopedagogia no

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Raquel Leonor Resende

Bibliografia

BUSTOS, D. M. Psicoterapia de grupo e psicodrama. In: ___ Novas cenas para o psicodrama: o teste da mirada e outros temas. São Paulo: Ágora, 1999. Cap. 3, p. 33-56.

BUSTOS, D. M. Sociometria: teoria das relações interpessoais de J. L. Moreno. In: ___ Perigo… Amor à vista!: Drama e psicodrama de casais. 2ª ed. ampliada. São Paulo, Aleph, 2001. Cap. 4, p. 73-95.

NERY, M. P. Aprendizagem emocional e lógicas afetivas de conduta. In: ___ Vínculo e afetividade: Caminhos das relações humanas. São Paulo: Ágora, 2003. Cap. 2, p. 33-63.

NERY, M. P. Vínculos e aspectos internalizados dos vínculos. In: ___ Vínculo e afetividade: Caminhos das relações humanas. São Paulo: Ágora, 2003. Cap. 3, p. 65-92.

PAR EDUCATIVO – A MANIFESTAÇÃO DO VÍNCULO COM A APRENDIZAGEM http://pepsic.bvsalud.org/pdf/vínculo/v13n1/v13n1a05.pdf , Vínculo – Revista do NESME, 2016, v.13, n.1, pp.46-55

Dicionários: https://www.dicio.com.br/vínculo/

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