O ser humano se difere dos demais animais pela capacidade de criar novas estratégias, alterando o meio para seu benefício. Esta capacidade é aprimorada nos primeiros anos de vida do ser humano e tende normalmente a ficar mais hábeis com o decorrer da vida. Isto se dá através das interações homem/homem, homem/sociedade, homem/ambiente, homem/brincadeiras, homem/máquina entre outras. De acordo com Mellander,“… a qualidade do conhecimento é determinada pelas muitas experiências e associações que ao todo compões tal conhecimento. E o ensino e o estudo são tentativas de recriar, de uma forma ou outra, o processo de aprendizado que originalmente resultam no conhecimento em questão.” (Mellander, 2006. p.53).
A brincadeira é um dos primeiros recursos utilizados pelo homem para aprender. A mãe diante de seu bebê, bate palmas, faz sons com a boca, tudo isso para ensiná-lo a interagir. E o estímulo ainda fica maior quando o bebê consegue bater palmas e a mãe manifesta sua alegria por isso.
Os recursos lúdicos são eficientes justamente porque fazem parte das primeiras formas de se conectar com o mundo e as pessoas. As crianças se sentem confortáveis em atividades lúdicas. E usando os recursos lúdicos alcançamos uma aprendizagem mais natural e eficiente.
“Aparentemente, aprendemos o tempo todo – espontaneamente e sem fazer esforço – coisa que parecem praticamente impossíveis de se aprender numa sala de aula ou livro didático. Isso significa que aprendemos mais facilmente sem professor do que quando somos ensinados? Por mais estranho que pareça, é isso o que realmente acontece. Por quê? Porque nossa ignorância nos induz a complicar as coisas para nós mesmos. Assim, diminuímos em vez de aumentar a nossa capacidade de aprender em um ambiente formal. Se conseguirmos ficar mais conscientes de como aprendemos espontaneamente, poderemos aumentar nossa capacidade de aprender conscientemente e de acordo com um plano em uma situação de aprendizado formal”. (Mellander, 2006. P. 22).
Com os recursos lúdicos e artísticos, o aluno pode encontrar esta consciência de autoaprendizagem, se tornando um ser ativo no seu processo cognitivo. Facilitando o processo de aprendizagem formal em todas suas etapas.
REFERÊNCIA BIOGRAFICA
MELLANDER, Klas. O Poder da Aprendizagem. São Paulo: Editora Cultrix. 2006