Então, em que devemos basear nossas ações educativas?

A ação educativa deve estar voltada para a fase do desenvolvimento da pessoa. É de rigorosa necessidade que o educador saiba em que fase do desenvolvimento está seu aluno, para que a ação educativa faça sentido e o aluno aprenda.

Podemos utilizar tabelas que demonstram relação entre a idade e o desenvolvimento humano, mas devemos estar atentos ainda mais as particularidades de cada aluno. Para que o conteúdo a ser trabalhado esteja contextualizado e relacionado a sua vida. Os métodos que relacionam a experiências do aluno a seu processo educativo estão muito bem representados na visão construtivista de Paulo Freire e também pela Pedagogia Waldorf.

Hoje gostaria de apresentar a quem não conhece uma forma diferente e criativa de ensinar, utilizando ferramentais do Psicodrama. 

Por meio deste método o professor vai utilizar de recursos lúdicos para acessar no seu aluno experiências particulares e posteriormente através de ato espontâneo o aluno poderá assimilar e acomodar conteúdos. O papel do professor neste caso será dar oportunidades para que o aluno se torne protagonista da sua ação educativa.

O pressuposto básico em que acreditamos é que a espontaneidade _ criatividade é o fator que permeia a regulação de todo o desenvolvimento, quer seja ele voltado para as construções lógicas, quer seja ele voltado para as relações afetivas e sociais”. (WECHSLER,1999, p.25).

Visto isto o que acontecerá de mais importante na educação não estará enquadrada entre o CERTO X ERRADO mas sim na AÇÃO. O método valoriza o educador mediador, onde o professor funciona como um trampolim para dar ao aluno somente o impulso necessário para que o próprio se desenvolva.

A aprendizagem é um processo cuja matriz é vincular e lúdica e sua raiz corporal; seu desdobramento criativo põe-se em jogo através da articulação inteligente-desejo e do equilíbrio assimilação-acomodação. No humano a aprendizagem funciona como equivalente funcional do instinto. Para dar conta das fraturas no aprender, necessitamos atender aos processos (à dinâmica, ao movimento, às tendências) e não aos resultados ou rendimentos (sejam escolares ou psicométricos). (FERNANDES, 1990, p.48)

O objetivo é nunca apagar no aluno a sua criatividade. Assim como nossa sociedade queimou muitos filósofos porque contrariavam o “CERTO” da época. Precisamos conhecer os mais diversos tipos de ferramentas e métodos, para proporcionar aos nossos alunos possibilidades plurais de encontro com seu processo educativo. Não vamos colocar nossos métodos educacionais na balança do (CERTO x ERRADO), vamos conhecê-los e usar o que for importante para promover a educação.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SERZEDELLO, Marcos. Ciência e Verdade. A verdade cientifica e suas implicações para o ensino de física e ciências. Curitiba: Appris, 2019.

WECHSLER,Mariângela Pinto da Fonseca Wechsler. Psicodrama e construtivismo uma leitura psicopedagógica. São Paulo: FAPESP,1999. p.25)

FERNANDES, Alicia. A inteligência aprisionada, abordagem psicopedagógica da criança e sua família. Porto Alegre: Artes Medicas, 1990.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.